quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Se ardo Gente Pequena



Pudesse eu voltar atrás,
Mudar o que aos outros dou
Que os afasta,
Maldição de ser como sou:
Bicho uno solitário,
Ser lunático, sem casta,
Acreditado que se integrou
Entre gente que não lhe contrasta,
E a dor que me é maior chaga
É, com as mãos que me envolvem e abraçam
Espetarem fundo a adaga.

Maldição de ser como sou,
Mas encaro esta vida de forma serena,
E todo o mal que pelo bem dou
É fogo que em seres ardidos flagrou.
Para quê estar-me entre gente pequena?
Sou quem sou,
Não vale a pena.

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