segunda-feira, 11 de julho de 2016

A Miragem



Mata as sombras que rodeiam
A minha e a tua vida,
Estou tão sozinho neste deserto
E tu vieste como uma miragem
Prometendo bonança

Sobrevivi à sede e à fome
Foi a solidão que quase me matou,
Vi cactos desaparecer,
Alguém matou a cobra
Que me fazia companhia

E quando a miragem se foi embora
Os ventos levantaram areia
Enterrada há milhares de anos,
Prometerem-me a morte
Que nada mais restaria

Mas de alguma forma aqui estou,
Os ventos não me quebraram
E fico firme e hirto
Sozinho no deserto,
Agora e eternamente

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