segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A Solidão dos Sábios VI

VI
É nesta derradeira manhã vespertina
Que um novo mundo meu
Encerra os horizontes de neblina,
Quanto mais fecho os olhos
Mais consigo ver,
E há uma vontade divina
Que coloca ante nós
Perguntas por responder


Dancem e cantem moçoilas e moços
Alheios do que não querem ver
Podiam ser meros desafortunados
Mas falam de não o querer.
Esfolam e matam pessoas na guerra
Em que até a paz é carnívora, assassina.
Para que simples e barato
Seja o progresso e o teu sorriso
Quantos pobres famintos não viram o paraíso?


Não me relembres mais
Sobre o preço da minha solidão,
Muito me custa mais
Condenar filhos e pais
Para ter castelos e os limitar ao pão.





In Psicadélico

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