Do outro lado do oceano
Chegam novas de um país,
A glória do Império Romano
Renasce e cospe nos Direitos civis.
Tiranos ascendem ao plano mais alto,
As ruas choram o sangue da liberdade.
És a nação tomada por assalto
Por quem não tem o povo como prioridade.
As peças de um tabuleiro em movimento
Enquanto nossos gritos abafam
O relato do jogo,
Palavras leva-as o vento,
Facas jorram sangue, ateiam fogo,
E cedemos a César
O poder sobre nós próprios.
Meu império de mil jóias,
Meu pulmão de mazela cancerígena,
Teu povo vive e morre explorado,
Tua terra não é, sequer, de seu indígena.
À noite propagam-se calúnias,
As boas intenções morrem na praia.
O esperma de Belzebu fecunda o civismo
Disfarçado de evangelho e catequismo,
Proclamam os líderes do alto das suas mansões
Para o povo explorado,
“Salvemos nossas almas
E cedamos a César
O poder dos nossos desígnios!”
Tomai todos e bebei
O pão e o vinho do meu sangue e corpo,
Mas juro que não sei
Porque é pão que tomas e eles Porto,
Mas não, o inimigo é o gay e o aborto!
Tomai pão e circo, crentes da longa noite
E acreditai em César, filho de Deus
Seu ministro na terra será
Teu maior arrependimento antes do adeus.
A ordem mata o progresso,
Partem os negros, os hereges, os loucos,
As mulheres, os sãos, ficam-se os mudos,
César casa a morte e o silêncio
Entre espadas e escudos.
Hoje morri por pensar que estaria seguro
E cedi a César
O poder sobre o futuro.
Agora calem-se os homens
E deixem falar quem
A liberdade, outrora, emudecia.
Que os deuses perdoem os seus crentes
E ressuscitem uma nação ao terceiro dia.
Chegam novas de um país,
A glória do Império Romano
Renasce e cospe nos Direitos civis.
Tiranos ascendem ao plano mais alto,
As ruas choram o sangue da liberdade.
És a nação tomada por assalto
Por quem não tem o povo como prioridade.
As peças de um tabuleiro em movimento
Enquanto nossos gritos abafam
O relato do jogo,
Palavras leva-as o vento,
Facas jorram sangue, ateiam fogo,
E cedemos a César
O poder sobre nós próprios.
Meu império de mil jóias,
Meu pulmão de mazela cancerígena,
Teu povo vive e morre explorado,
Tua terra não é, sequer, de seu indígena.
À noite propagam-se calúnias,
As boas intenções morrem na praia.
O esperma de Belzebu fecunda o civismo
Disfarçado de evangelho e catequismo,
Proclamam os líderes do alto das suas mansões
Para o povo explorado,
“Salvemos nossas almas
E cedamos a César
O poder dos nossos desígnios!”
Tomai todos e bebei
O pão e o vinho do meu sangue e corpo,
Mas juro que não sei
Porque é pão que tomas e eles Porto,
Mas não, o inimigo é o gay e o aborto!
Tomai pão e circo, crentes da longa noite
E acreditai em César, filho de Deus
Seu ministro na terra será
Teu maior arrependimento antes do adeus.
A ordem mata o progresso,
Partem os negros, os hereges, os loucos,
As mulheres, os sãos, ficam-se os mudos,
César casa a morte e o silêncio
Entre espadas e escudos.
Hoje morri por pensar que estaria seguro
E cedi a César
O poder sobre o futuro.
Agora calem-se os homens
E deixem falar quem
A liberdade, outrora, emudecia.
Que os deuses perdoem os seus crentes
E ressuscitem uma nação ao terceiro dia.
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