quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

A Solidão dos Sábio IX

IX
Entre os livros trazidos e por fazer,
Entre desertos, mares
Vulcões e glaciares,
Entre silêncios de ruídos
E entoares de palavras,
Com as terras que pela mente lavras,
Com as ideias que a razão
Presenteia a terra e o coração,
Fazes o novo mundo
Um dia de cada vez


E se está em guerra o mundo
Entrego-me a livros e flores
Contra manadas berrantes
Jaz nas palavras a salvação
E mergulhados em páginas, os sábios
Entregam-se
À solidão.



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domingo, 3 de dezembro de 2017

A Solidão dos Sábios VIII

VIII
Adeus oh cidades,
Olá oh campos verdejantes
E infinitas utopias na minha cabeça,
Embora chore ainda de saudades
Não quero que a minha alma esqueça
Os ardores que essa gente pequena
A si própria se condena


Cá deste canto do mundo
Sou eu de facto quem mais ordena
E a Grândola é vila morena.



In Psicadélico

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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A Solidão dos Sábios VII

VII
Tens diante de ti a derradeira escolha
Ser, entre os seres, aquele que faz Humanos,
Ser o que mata, escraviza e perpetua enganos.
Estou farto da humanidade,
Do ocidente que pisa estradas e não terra,
Esquecemo-nos que a nossa mãe não tem idade
Mas também se encerra


Não me levem convosco nessa enxurrada,
De destruição já nada
Bate essa moda de ignorar.
Propaguem pestes, inventem sidas,
Nem varíolas, malárias, tuberculoses,
Nem vacas loucas ceifam vidas
Ou são tão contagiosas
Como a mãe adotiva ignorância
Que usamos para contaminar
Todo o ser desde a tenra infância.





In Psicadélico


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