Naquela viagem a
Barcelona
Foste-me fascínio sem
pré-aviso,
Beleza digna do
amazona
Roubaste mais do que
um sorriso
E na cidade referta
de magia
Eras, seguro, a
estrela que mais luzia.
Fui incrédulo e
derrotista de dia
E se fui galante ao
luar
Deste-me tudo o que
eu mais queria
Quando em mim vieste
aconchegar,
E vi-me sonhar vidas
fictícias
Entre teu doces
afagos e leves carícias
Pequena, doce e
frágil
Mas forte como um
leão,
E se não vi teu
coração
Foi por não ter sido
mais ágil
Mas, de mãos dadas, vieste comigo
E, enlevado, perdi-me
contigo.
Ah, a saudade do
ontem que hoje é dor,
De granjear entrar na
tua vida,
Objetivava ver-te
embevecida,
Perdida, na constante
demanda pelo amor,
E se hoje não te
tenho
É dos deuses mau
engenho
Recordo, então,
banzado e distante
A cidade do
maravilhamento,
Do teu génio e doce
temperamento
Ah, não há quem mais
me encante,
ninguém mais vem e destrona
A princesa de
Barcelona